Quando iniciamos um relacionamento, ele começa recheado de sonhos, expectativas e coisinhas mais que gostosas...é uma descoberta atrás da outra! Ele se desenvolve, passamos a conhecer mais sobre os outros, defeitos e virtudes, manias, facetas da personalidade que até então eram desconhecidas e talvez até inaceitáveis. Com os olhos do amor, tudo se torna menos importante, já que estamos ali para aceitar o outro porque o amamos.
Infelizmente, em alguns casos, passa-se por situações turbulentas, sofremos, choramos, sentimos que morremos um pouquinho por dentro. E é assim que acontece. Pegamos uma estrada que não queríamos pegar e descobrimos que é a estrada para o fim. E é duro aceitar que pegamos esta estrada. E é mais duro ainda admitirmos que não há como sair dela. Dói soltar as amarras. Dói deixar sonhos não realizados para trás. Fica aquela sensação de que faltou completar alguma coisa, como se tivéssemos nos empenhado muito em um projeto que não foi aprovado.
Decididamente, a palavra FÁCIL não se aplica aqui. Não se trata de deixar pra trás o que não serve mais, pessoas não são descartáveis, amores não são descartáveis. Fica tanta coisa! Fica a saudade das pessoas que vocês encontraram no caminho, dos amigos em comum, da família que antes era de um ou de outro e passou a ser dos dois. Fica a falta dos momentos de reunião de pessoas queridas, dos risos compartilhados...
Fica o que construímos juntos. Fica o fruto do amor que um dia existiu ali.
É o momento de cortar o laço. De aceitar o que de bom ficou e entender que não foi eterno como um dia se pensou...
É tempo de seguir, de compreender onde erramos para não repetir os mesmos erros. É hora de crescer, de sermos adultos, de aceitar o adeus para que haja um até logo amigável no futuro.
Eu derramo lágrimas e não poucas. Mas, minha convicção é mais forte que nunca. Eu me escolhi desta vez. Escolhi meus sonhos. Escolhi o fim da perda da minha essência, da minha redescoberta. E, assim, vou seguir. Um passo de cada vez.