Ela o enxergou


Cine pipoca para o fim-de-semana: Um sonho possível!
Este é um filme para quem está à procura de emoção...Eu totalmente recomendo!!!


Em Um Sonho Possível (The Blind Side, Estados Unidos, 2009), Sandra Bullock dá um passo que já resultou em tombo para muitas estrelas de comédias românticas: enfrenta uma personagem dramática madura. No papel verídico de Leigh Anne Tuohy, uma sulista rica, republicana e religiosa que abrigou em casa, junto à família, um rapaz negro e pobre sem conhecê-lo (e depois o adotou, dando-lhe a chance de se tornar um atleta célebre do futebol americano), Sandra vive um tipo de mulher que o cinema tende a suavizar com traços folclóricos: moralista, dura na queda e contundente nas suas certezas. Ela, no entanto, deixou todas as arestas da personagem aparentes. Obteve, assim, sua primeira indicação ao Oscar e uma acolhida inesperada. Um Sonho Possível, em que pesem seus muitos clichês, confrontou o público americano com alguém que lhe pareceu familiar e verdadeiro. A bilheteria foi estrondosa – a segunda de Sandra no último ano, em que ela também fez sucesso em outro papel potencialmente antipático, o da executiva de A Proposta. A seguir, trechos da entrevista que a atriz concedeu a VEJA.

Suas personagens em A Proposta e Um Sonho Possível são ambas decididas e autossuficientes. Elas se parecem com você?


A executiva de A Proposta e Leigh Anne Tuohy, a dona de casa de Um Sonho Possível, têm um histórico muito diverso do meu. Para mim, isso as torna não só mais atraentes como também, paradoxalmente, mais acessíveis. Não sou boa em emprestar partes de mim mesma a personagens. Gosto de figuras muito bem definidas, nas quais posso mergulhar inteira.

Você disse que, nos primeiros dias de filmagem de Um Sonho Possível, estava tão mal no papel que considerou largar o filme.

Passei muito tempo com Leigh Anne, tentando assimilar a maneira como ela fala e se veste, seu jeito de ser. Mas as primeiras cenas que rodamos foram de uma frustração indescritível. Não consegui juntar esses elementos em uma personagem crível. John Lee Hancock, o diretor, passou dois anos preparando esse filme, e eu cogitei abandoná-lo para não destruí-lo: achei que o papel de fato estava além de mim. Mas, quando começamos a fazer as cenas com as crianças, tudo repentinamente entrou nos eixos.

O público americano adorou Um Sonho Possível, mas o mesmo não se pode dizer da crítica, que objetou, acima de tudo, ao que ela considerou paternalismo – a ideia de um personagem negro que é salvo por uma família branca.

Cresci numa família muito misturada, tanto do ponto de vista étnico quanto cultural. Não sou de direita e não sou religiosa, como a protagonista. Mas compreendo o valor de ajudar uma criança, de amar um filho que não tenha nascido de você e de não medir esforços para proteger sua família. Estou habituada a ganhar resenhas ruins, e sei também que é inevitável que julguemos os outros por tudo e qualquer coisa – eu faço isso constantemente, e me sinto mal por isso. Mas acho que objetar a um filme por ele mostrar amor e generosidade não é um exemplo de boa argumentação.

fonte: Revista Veja (Edição 2155 / 10 de março de 2010)

Quer saber mais? Acesse o link e faça o download ou veja a entrevista que a Sandra Bullock deu sobre o filme:
http://www.in.com/videos/watchvideo-entrevista-com-sandra-bullock-um-sonho-possvel-6907830.html

Virgínia Wolf: mulher no espelho

"Afinal, ei-la ali, no salão. Deteve-se. Ela parou em pé junto à mesa. Ela parou completamente imóvel. De imediato o espelho começou a verter sobre ela uma luz que parecia pregá-la; que parecia um ácido que corrói o não-essencial e o superficial e deixa apenas a verdade. Era um espetáculo encantador. Tudo imanava de Isabella - nuvens, vestidos, cesto, diamante -, tudo o que fora chamado de planta rasteira e convólvulo. Eis a dura parede embaixo. Eis a própria mulher. Ela se erguia nua naquela luz impiedosa. E nada havia. Isabella estava completamente vazia. Não tinha pensamentos. Não tinha amigos. Não cuidava de ninguém. Quanto às cartas, eram todas contas. E enquanto ali estava, velha e angulosa, jaspeada e coberta de rugas, com o seu nariz arrebitado e o pescoço vincado, ela sequer se deu ao trabalho de abri-las.


As pessoas não deviam pendurar espelhos nas suas salas."




Wolf, Virgina. Mulher no Espelho. In.: Objetos Sólidos, 1992. Trad. Hélio Pólvora.

Apaixonado-me por Julia.

Como o cinema é capaz de me transformar sempre! Ontem, tive o prazer de assistir "Julie & Julia", baseado nas biografias de duas mulheres apaixonadas pela culinária, mas não só é isso! O filme, na verdade, é mais sobre como encontrar uma paixão na vida (não no sentido amoroso, mas no sentido realização) e como ela pode te transformar...
Tudo começa quando Julie, uma funciónária pública, resolve aceitar um desafio: cozinhar 524 receitas em 365 dias, seguindo o livro de Julia Child. E, ao enfrentar este desafio, ela descobre a paixão pela arte da cozinha e , principalmente, descobre a si mesma. O que realmente amei neste filme foi Meryl Streep interpretando Julia Child! Uma personagem que vai entrar pro hall de minhas favoritas!
Na verdade, não sei se Julia Child era daquele jeito mesmo. O que sei é que Ms. Streep a transformou numa mulher delicada, dedicada e decidida...rsrs
Me pergunto quantas (os) de nós jamais encontrarão a mesma paixão por algo na vida. Me pergunto se eu já encontrei!
A espirituosidade de Mrs. Child é contagiante e seus trejeitos, são de matar de rir! Amei, amei, amei!
É um filme daqueles que nos deixa leves, com a sensação de que é possível viver e ser muito feliz...parabéns à Meryl pelo Globo de Ouro de melhor atriz, porque Julia Child foi imortalizada por ela!
=D


Filme que vale uma recomendação:

  • Além da Liberdade (The Lady)

Lendo:

  • Todos os dias na Toscana- Frances Mayes

Ouvindo Freneticamente:

  • Lotus- Christina Aguilera
  • Born and Raised- John Mayer

Qual personagem de Jane Austen você é?

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